Após o excelente álbum de estréia, “The Legacy” (1987), o
Testament já era bem-visto na cena do Thrash, mas ainda não tinha a força e
moral suficiente no Mainstream, junto ao Slayer e Metallica, que eram as
grandes bandas na época. Isso mudou com “The New Order”, lançado em 1988 pela
Atlantic e Megaforce Records, que colocou de vez a banda entre os grandes. Este
que considerado, junto ao primeiro álbum, um dos 25 melhores álbuns de Thrash
Metal de todos os tempos.
Apesar de ser um álbum de Thrash Metal, conta com várias
passagens e introduções acústicas e melódicas, que dão um toque bem refinado à
audição. Tem peso e velocidade, mas também muito momentos cadenciados, mais ou
menos o som que o Slayer começou a experimentar no seu álbum lançado no mesmo
ano, “South Of Heaven”.
Um grande exemplo do que foi citado acima, é visto logo na
primeira faixa “Eerie Inhabitants”, que abre os trabalhos jogando na cara do
ouvinte a proposta do álbum. Logo em seguida tem uma das melhores faixas de
toda a carreira da banda, “The New Order” é espetacular, tocada até hoje nos
shows da banda, se tornou um clássica não só do Testament, mas do Thrash em
geral.
“Tryal By Fire” e “Into The Pit” são daquelas que abrem o
Mosh nos shows, a primeira com um intro bem melódica, parecendo uma balada que
logo explode, destaque para o baixo que domina a música, a segunda, mais curta,
é mais direta, uma verdadeira porrada.
Na metade do Play, “Hypnosis” aparece pra dar uma quebrada
no ritmo, uma passagem bem melódica com solos de guitarra acompanhados de um
dedilhado acústico de fundo, muito feeling está presente aqui. Quase como uma
continuação, começa “Disciples Of The Watch”, no mesmo estilo, por pouco mais
de um minuto. Logo um riff fantástico comanda a música, destacam-se a dupla de
guitarristas que dão um show a parte, não só nessa faixa, mas no álbum todo.
“The Preacher” é outra faixa que se tornou um dos clássicos,
com um energia incrível, ainda é tocada nas apresentações ao vivo da banda.
Aqui se destaca a performance de Chuck Billy, com a voz super potente.
“Nobody’s Fault”, cover do Aerosmith, mostra a versatilidade
vocal do vocalista, que consegue se adaptar bem ao estilo mais Hard Rock da
faixa, foi uma das mais tocadas nas rádios na época.
Antes da última faixa, temos “A Day Of Reckoning”, que segue
a mesma fórmula das primeiras faixas, com muita energia, além de um refrão com
uma pegada mais melódica. Fechando o álbum, a balada instrumental “Musical
Death (A Dirge)” é apresentada, começando com uma pagada acústica, logo entra
um solo de guitarra com muito feeling, aos poucos os outros instrumentos vão
aparecendo e deixando a faixa melhor. Somente pouco antes do final a música
ganha uma rápida passagem pesada, e se encerra brilhantemente com o feeling lá
no alto.
“The New Order” é considerado por muitos o melhor álbum do
Testament, e não é exagero, a produção é muito melhor que a do álbum anterior,
a mixagem é perfeita e a banda talvez estivesse na sua melhor forma. Vários
clássicos apareceram neste Play, músicas que são tocadas até hoje, e inspiram
vários artistas. Em minha opinião, foi o melhor álbum da banda até “Dark Roots
Of Earth”, que foi lançado só em 2012.
No Thrash Metal, o Testament continua sendo uma das
principais forças, e “The New Order”foi muito importante para a banda se tornar
tão grande como é hoje.
Formação:
Chuck Billy (Vocais)
Alex Skolnick (Guitarra)
Eric
Peterson (Guitarra)
Greg
Christian (Baixo)
Louie Clemente (Bateria)
Faixas:
01 – Eerie Inhabitants
02 – The
New Order
03 – Trial
by Fire
04 – Into
the Pit
05 –
Hypnosis
06 –
Disciples of the Watch
07 – The
Preacher
08 –
Nobody’s Fault (Aerosmith cover)
09 – A Day of Reckoning
10 – Musical Death (A Dirge)
fonte: http://roadie-metal.com/roadie-metal-cronologia-testament-the-new-order-1988/
P O R R A D A
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